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11 de junho de 2020
uma leitura de 2 minutos

Lápis & Papel: Relação desde a Infância

kid writing

Foto: Pexels

– por Paula Musique –

Sou amante das PALAVRAS. Namorada da ESCRITA. Casada com a MÚSICA.

A relação com as palavras

Esta relação com as palavras vem desde criança. Eu era o tipo de menina sempre muito enfeitada por minha mãe: com vestidos, trancinhas nos cachos dourados, laços, anel, pulseira, meia bordada. Sim. Acho que minha mãe me fazia de boneca dela (risos) e agradeço muito por esta dedicação. E eu amava estar toda arrumadinha lendo e escrevendo.

E quanto a ouvir histórias contadas por minha avozinha? Prestava atenção em cada palavra. Eu lia muito – tinha minha minibiblioteca no quarto. Desde pequena amo escrever e escrevo diário, por isso este site tem um espaço dedicado ao “querido diário”.

Este “grande caderno virtual”

Muitos fatores contribuíram para que eu tivesse este carinho por palavras e pela escrita. Deste modo, em vez de ter um canal no YouTube, escolhi primeiro ter um blogue onde eu escreveria meus longos textos. Sabe-se que é mais fácil assistir vídeos no YouTube ou ouvir podcasts, porque você pode fazer outras coisas enquanto deixa o conteúdo rolando e você escutando. Porém, você precisa de mais concentração para o texto escrito. E enquanto você lê meus textos, de certa forma, você está aprimorando suas habilidades com a língua portuguesa.

Pirâmide do aprendizado
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O lápis e o papel

A Era Digital afastou as pessoas do lápis e do papel. O relacionamento era mais “físico” – você, com sua mão, tocava no lápis que desenhava as palavras de acordo com sua vontade e habilidades. Cada carta, cada página no caderno da escola, cada dia da semana na sua agenda (lembra quando usávamos agenda impressa?) tinha rabiscos, um colorido, um contorno, um tom que era só seu.

No computador ou no celular, as palavras também são poderosas, claro! Mas não importa quem você é, o que você escreve na máquina é processado da mesma maneira que pelo amigo do outro lado do planeta – você escolhe a fonte, a cor, as imagens que quer colocar na tela; entretanto, não tem tanta alma como o lápis e o papel. Os programas processadores de texto vêm com autocorreção – o que faz com que você nem se atente tanto à ortografia. Esta geração não tem um relacionamento intenso com a leitura e a escrita. É a geração dos vídeos, fotos e podcasts; enquanto que no passado as pessoas se relacionavam mais com livros, cartas e jornais impressos.

“Cada carta, cada página no caderno da escola, cada dia da semana na sua agenda tinha um colorido, um contorno, um tom que era só seu”.

Quando comecei este “grande caderno virtual” eu quis me juntar aos colegas que ainda dedicam tempo à escrita de qualidade, respeitando nosso belíssimo idioma lusitano e compartilhando do meu amor pela Música.

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Conte para mim:
Como é sua relação com a escrita?
Você ainda usa lápis ou caneta para atividades que, majoritariamente, são realizadas nas telinhas?

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Paula Musique
Viver vai muito além de realizar meus próprios sonhos, pois posso dar as mãos ao próximo e ajudá-lo a realizar seus sonhos também & a vida fica muito melhor com Música.
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  1. Luana Souza 23/06/2020

    Apesar de eu ter começado a ler livros lá pelos meus 10 anos, desde nova tive uma relação com as palavras. Amava pegar cadernos e ficar copiando frases aleatórias que eu via pela casa, além de ter aprendido a ler bem nova. Hoje em dia eu amo fazer trabalhos no papel, desde escrever até desenhar e fazer colagens e escrever cartas. É incrível essa relação que construímos com essas coisas tão simples, além do que, provavelmente seremos a última geração que tem essa relação. Amo meu computador, mas não abro mão dos meus cadernos e agendas.
    Amei ler sua história, moça. É muito linda! <3

    • Paula Musique respondeu Luana Souza 24/06/2020

      A-ha! Agora fica ainda mais claro o porquê de você escrever tão bem e ser uma leitora voraz.
      Você tocou num ponto importante: provavelmente somos a última geração que teve esta relação com o papel.
      Uma peninha, pois o lápis e o papel têm tato, um “tato direto”, diferente da relação tátil que nós temos com o computador e nossos textos.
      Obrigada.
      x

  2. Luma Vieira 25/06/2020

    Muito legal parece que sua mãe gostava mesmo de deixa la como uma boneca. Acho que isto acontece mesmo quando a mulher tem filha. Achei bem lega sua relação com as palavras desde a infancia e gostar de ler ajuda demais no nosso vocabulario e na escrita posteriormente. Beijos

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