270° dia de Quarentena: nunca fiquei tanto tempo em frente à TV
Assisti mais séries e novelas do que todos os outros anos de minha vida.
Nunca passei tanto tempo em frente à TV. Quando teremos aglomerações saudáveis novamente?
Eu PRECISO me aglomerar e mostrar meu sorriso!
Foto: Reprodução (sim, você está vendo Rick Grimmes, Daryl e Carol neste blogue) ;)
– por Paula Musique –
270° Dia de Quarentena
São 270 dias em quarentena;
duzentos e setenta!
… e se não der certo,
“cê tenta” de novo.
Abraçar,
passear,
viajar,
tocar sem preocupações.
Respirar,
cheirar,
usufruir,
viver sem se esconder.
Atrás das máscaras o mundo fica sem graça;
só ficar em casa,
sem curtir com os amigos uma praia,
não dá, não dá.
Série sobre estes tempos
Estamos finalizando o fatídico ano de 2020 e escrevemos uma SÉRIE de posts sobre estes tempos:
Pandemia: As músicas da quarentena
Um mês de quarentena
Tempo único: dois meses de quarentena
Ideias para músicos em tempos de crise
Melhores GIFs da quarentena
Quarentena: o que fazer em casa?
Ideias para músicos em tempos de crise
Mais ideias para músicos em tempos de crise
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Refletindo sobre a temporada
Olha, amo meu lar e por muitos meses curti bastante ficar em casa trabalhando, estudando, fazendo vídeochamadas, conversando com os amigos, planejando, fazendo vários projetos meus acontecerem; mas tudo tem um limite e eu já estou no meu (risos).
Tive de cancelar minha viagem à Bahia (que já estava paga), não pude fazer a viagem que gostaria de ter feito no segundo semestre de 2020, não foi possível ministrar os cursos que aconteceriam neste ano e tive de adiar um projeto empreendedor.
Eu poderia lamentar os planos que não se concretizaram, mas o que devo fazer mesmo é agradecer muito; pois nem meus pais, avós, irmãos e nem cunhadas tiveram de sofrer com este vírus.
Agradecer por, apesar de muitos de nós termos sofrido muito as consequências de um vírus, 2020 não foi como a primeira ou a segunda guerra mundial, o Holocausto, a crise de 1929 ou a peste espanhola. Neste ano, muitos dos que ficaram em casa têm água, eletricidade, internet, livros, TV, comida e segurança. E muitos dos que perderam seus empregos ou negócios conseguiram alguma ajuda do governo ou empréstimos facilitados pelos bancos.
Gerações passadas não possuíam tantas facilidades e comodidades. Nossos avós e bisavós sobreviveram a tempos bem mais difíceis que estes. E isto os tornou fortes – bem diferente da nova geração fracote e cheia de “mimimi”, que só quer saber de ser feliz, criando um mundo egoísta que só olha para si.
Bom… Sei que muitas pessoas perderam seus amados neste ano; porém, agora precisam olhar para frente, guardando as boas lembranças e sem deixar que a tristeza os leve ao fundo.
São 270 dias! Mesmo aqueles que ficaram em casa apenas por um mês e depois continuaram com sua rotina normal de trabalho sabem que foi tudo muito diferente, pois mesmo que você tenha viajado, passeado, festejado e trabalhado, tudo foi feito em doses homeopáticas – muitas pessoas fizeram falta e, além disso, não ver o sorriso das pessoas é angustiante.
Foto: Abbilyn Zavgorodniaia (este não é meu lar, mas seria uma gracinha se fosse)
Teste de instrumentos musicais
Pirâmide do aprendizado
Música, Peças e Histórias Infantis – para comprar
CDs e Vinis de Trilhas Sonoras – para comprar
Falando agora de algo bem superficial: moda! Minhas roupas mais charmosas ficaram guardadas. Calçados, joias e acessórios que eu adoro usar ainda estão hibernando, coitados. Que ânimo dá se arrumar para ir ao mercado ou à farmácia? A máscara tira o charme de qualquer look, pois o item que usamos e que mais nos embeleza quando saímos é o nosso sorriso – preferencialmente com batom hidratante.
Gostoso é se arrumar para ir à igreja e às festas, ver a família e os amigos, prestigiar concertos, visitar museus, produzir-se para grandes casamentos e formaturas. Não tive nada disto desde março. Rio conversando com minha mãe e dizendo que nunca estive tão “sem graça” esteticamente. Eu mesma corto meu cabelo e faço as unhas. Design profissional de sobrancelha e cílios? Nem lembro mais como é…
Gosto de me enfeitar, pois é uma forma de me amar e amar os outros. Em casa, arrumo-me todos os dias, mantendo minha vaidade; mas nada do tipo “uau! arrasou”! (risos)
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Desperdício de vida?
Assisti mais séries (Little House on the Prairie, Emily in Paris e The Walking Dead – TWD é uma série que eu achava que NUNCA iria assistir na vida) e novelas (Hercai, Apocalipse e Jesus) do que em todos os outros anos de minha vida. Mesmo em quarentena, se vejo TV tem de haver um propósito – algum familiar me convida pra ver e quero agradar, tenho trabalhado muito e preciso dar boas gargalhadas, ou o principal: é algo que vai me ensinar alguma coisa (sim, TWD me fez pensar muito sobre a essência humana, mas ainda não terminei – estou na nona temporada).
Entenda: digo que nunca passei tanto tempo em frente à TV, porque comparo a meus dias sem pandemia, com minha vida normal trabalhando, estudando, passeando e viajando bastante. ;) Comparando a outras pessoas, o meu muito ainda é pouco.
Talvez, eu me anime para escrever resenhas sobre Hercai, Jesus, Little House e The Walking Dead. Tudo o que assisto, vejo com um olhar profundo, lendo as entrelinhas, fazendo análise psicológica dos personagens, tentando aplicar algo a aspectos de minha vida, procurando me conhecer mais ao imaginar o que eu faria no lugar do personagem, refletindo sobre com qual personagem eu me identifico, pensando sobre qual tipo de mente escreve aquele tipo de roteiro, curtindo a fotografia, indumentária e TRILHA SONORA, óbvio. Nota 10 para a trilha da novela brasileira Jesus e para a novela turca Hercai.
Não conheço ninguém que faça isso, mas eu escrevo no Notes do meu celular os aprendizados do entretenimento que assisto (exceto comédias e outras coisas bobas, né).
Por uns anos eu escolhi não ter TV em casa e foi uma maravilha! Entretanto, nos anos passados em que tive TV, eu assistia pouquissíssimo, pois acho desperdício de vida, sempre fui muito ocupada fazendo coisas que gosto e dou MUITO valor ao meu tempo.
E você? Como foram estes duzentos e tantos dias?
Algo em especial lhe fez muita falta?
Também passou algum tempo em frente à TV? O que você assistiu?
Conta pra mim.
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