Pedagogia – Paula Musique https://paulamusique.com Um som diferente para sua vida Fri, 18 Sep 2020 08:55:36 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.7.14 Professor de Música Online: atividades para suas aulas https://paulamusique.com/professor-de-musica-online-atividades-para-suas-aulas/ https://paulamusique.com/professor-de-musica-online-atividades-para-suas-aulas/#respond Tue, 09 Jun 2020 01:56:09 +0000 https://paulamusique.com/?p=8428 Já está mais do que sabido que a crise de 2020 transformou a educação à distância (EaD). Muita gente testou e gostou; tanto professores como alunos. Ser professor de música online é uma tendência já presente no Brasil. Após a crise, você tem três opções: – voltar oferecendo aulas 100% presenciais – adaptar suas aulas para serem parte presencial e parte online – oferecer aulas 100% online – por Paula Musique – Já pensou...

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Já está mais do que sabido que a crise de 2020 transformou a educação à distância (EaD). Muita gente testou e gostou; tanto professores como alunos. Ser professor de música online é uma tendência já presente no Brasil.
Após a crise, você tem três opções:
– voltar oferecendo aulas 100% presenciais
– adaptar suas aulas para serem parte presencial e parte online
– oferecer aulas 100% online

Fonte: Pexels

– por Paula Musique –

Já pensou em aprimorar suas habilidades como professor de música online? Já pensou que com o uso da internet seu mercado é o mundo?

Cabe entender o que é mais adequado para sua realidade e quais as necessidades de seus alunos.

Para os professores de música que acompanham nosso site, preparei mais uma lista de atividades para aulas online, pois disse que se tivéssemos muitas curtidas e compartilhamentos traria mais material para você.

Se você gosta de artigos de educação musical, deixe sua curtida para que eu saiba que este texto foi útil. :)

Você pode clicar aqui, agora, para abrir a lista com as 10 ideias que já compartilhamos para professores de música online, deixe a outra aba aberta, leia este artigo e em seguida leia o outro e copie as ideias favoritas. A introdução do outro texto é MUITO IMPORTANTE.

OBSERVAÇÃO: uma tendência muito forte no Brasil é o homeschool, então se você é pai ou mãe de homeschoolers, você pode aplicar algumas destas atividades com seus filhos.

Espero que estas dicas ajudem e sirvam de inspiração.

Para acessar os artigos e testes, clique no link que aparece no texto explicativo de cada atividade.

Vamos lá!

Carta aos maestros e coralistas do Brasil
Teste sobre música brasileira
Maria Callas: la divina diva da ópera
Tipos de Coral (ou Coro)
Música, Peças e Histórias Infantis – para comprar
CDs e Vinis de Trilhas Sonoras – para comprar

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Atividades para Professores de Música Online

1. Aprendendo termos em italiano

Todo músico acaba aprendendo um pouco de italiano, pois tantas são as palavras que lemos e falamos em nosso cotidiano de aulas de música, ensaios e gravações em estúdio. Aplique este teste com seus alunos que já aprenderam estes termos e use para fazer uma revisão com eles.

2. Refletindo sobre o mercado e a cultura da música no Brasil

Para alunos jovens e adultos, este é um tópico relevante. Peça que seu aluno leia este artigo para que vocês conversem sobre o tema na aula seguinte. Você pode perguntar para seu aluno como foram as experiências musicais que ele teve na infância, como ele vê o mercado e a cultura da música atualmente e como ele acha que se encaixa nesta realidade.

Dependendo do perfil de seu aluno, pode ser interessante usar o texto para fazer uma aula sobre planejamento de carreira, em que você conversa com ele sobre a educação musical que ele recebeu anteriormente e a que está recebendo agora com você. Assim vocês podem refletir sobre quais caminhos seu aluno poderá percorrer para atingir os objetivos que ele vislumbra no mercado da música.

:: Lembre-se de ler a nossa lista com mais 10 atividades para suas aulas e uma importante introdução aqui

Foto: Reprodução

3. Apreciação Musical com foco em Música Coral

Eu, particularmente, adoro estes momentos de Apreciação Musical em que eu e meu aluno saímos da “bolha do nosso instrumento” e viajamos para outro planeta. E o “planeta” Música Coral é aquele para onde todos os alunos gostam de viajar. Por quê? Porque a variedade é imensa e você pode direcionar esta aula para o estilo que seu aluno não está habituado a escutar.

Será que ele sabe o que é música a cappella e já escutou grandes corais em que suas vozes são os únicos instrumentos musicais sendo executados? Você pode apresentar diferentes tipos de corais, falar sobre os benefícios do Canto Coral e passar esta lista de corais para ele ouvir depois como parte do dever de casa.

4. Saia da zona de conforto: Pierrot Lunaire de Schoenberg

Dê um tom diferente para esta aula (risos), ou melhor, não dê tom algum e apresente o ATONALISMO ao seu aluno. Acredite se quiser, há músicos e professores de música que nem sabem o que é atonalismo. Como professor de música online, esta aula fica muito interessante, pois vocês podem compartilhar tela e ouvir um trecho da peça juntos para que você perceba a reação dele ali, ao vivo. Sugiro esta sequência:

– avisar que vocês irão sair da zona de conforto por uns minutos e você irá apresentar algo diferente
– compartilhar tela com o vídeo contido neste artigo sobre a polêmica obra Pierrot Lunaire de Schoenberg e ouvir apenas alguns minutos
– sem você opinar, pergunte quais as sensações que seu aluno sentiu e qual a primeira impressão sobre a peça
– fale resumidamente sobre Schoenberg e a Pierrot Lunaire
– indique este link do artigo para que o aluno possa ler com mais profundidade depois e ouvir a peça inteira (se ele conseguir – risos)

Outra ideia é passar o link do artigo para ele ler e escutar um trecho da obra, assim vocês podem conversar por alguns minutos sobre o assunto na aula seguinte.

:: participe deixando seu comentário

5. A saúde do instrumentista

Para os professores de piano, este texto tem uma boa abordagem sobre a saúde do pianista. Para os professores de outros instrumentos, você pode preparar um material similar a este que indiquei e falar sobre postura do corpo e das mãos, altura da estante, tempo de estudo, tempo de pausa, altura do banco, iluminação, qualidade das partituras, aquecimento e alongamento. 

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Arte: Fábio Raulino

6. Descontração com preferências musicais

Como atividade, durante a semana, se seu aluno é usuário do INSTAGRAM, você pode pedir que ele baixe alguns dos templates que oferecemos aqui e poste nos stories (marcando você, para que você veja também) indicando quais são as preferências dele. Certamente, ele não conhecerá tudo que está indicado lá e isto despertará curiosidade nele para pesquisar algumas novidades.

A mágica da leitura à primeira vista
A modinha no Brasil: conheça a origem da música brasileira
Música, Peças e Histórias Infantis – para comprar
CDs e Vinis de Trilhas Sonoras – para comprar

7. Falando sobre as raízes da música brasileira

A História da Música no Brasil é muito bonita, com muitas misturas e criatividade. Se seu aluno for jovem ou adulto, peça que ele leia este artigo sobre as raízes da música brasileira e converse sobre o tema na aula seguinte. Se for criança, transforme a linguagem do artigo em algo para os pequenos e conte resumidamente em 3 minutos os principais fatos e mostre um trecho de algum dos vídeos indicados.

:: participe deixando seu comentário

8. Qual é a música?

Hora de brincar é sempre bem-vinda e você pode usar este teste que é 100% de músicas brasileiras para seu aluno se divertir vendo a pontuação dele referente àquelas famosas músicas do cancioneiro brasileiro. Aqui está o teste.

Se você gosta de artigos de educação musical, deixe sua curtida para que eu saiba que este texto foi útil. :)

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Planejamento de aula é um dos diferenciais do professor de música online de sucesso. Você deve listar quais serão as atividades e qual a minutagem que você pretende dedicar para cada ponto. Não é bom ficar 30 minutos falando de História da Música do Brasil e depois dedicar 10 minutos para exercício técnico no instrumento e 10 minutos para repertório.

Lembre-se que cada aluno é diferente, com perfil e objetivos musicais distintos – sempre leve isto em consideração. Saiba equilibrar o conteúdo de cada aula para que seu aluno não deixe de ser seu cliente e vá para outro professor com aulas mais atraentes e bem-planejadas. Se você nunca fez o PLANO DE ENSINO de seu curso, aqui você lerá um artigo para escrever um plano de ensino impecável – lembre-se que plano de ensino é diferente de plano de aula.

Desejo sucesso a você como professor de música online! :D

Leia a lista de ideias do outro artigo que escrevi para você após deixar seu comentário falando sobre sua experiência. ;)

Vamos conversar!
Você já ministrou aula de música online? Se não, você tem interesse?
Qual instrumento? Como tem sido sua experiência ensinando música à distância? Quais atividades seus alunos mais gostam de fazer?

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Compartilhe com seus amigos professores de música. Mesmo os melhores professores gostam de ideias diferentes para incluírem em seus planos de aula.

Como preparar um plano de ensino impecável
Conselhos sobre a saúde do pianista
O pianista com o maior número de Grammys
30 Perguntas Intrigantes para se Perguntar Todos os Dias
Música, Peças e Histórias Infantis

O MELHOR LIVRO DE TEORIA MUSICAL

Apresento o meu livro FAVORITO de Teoria Musical – de todos que já li (amo o tema) este é o melhor. Para quem quer entender tudo de teoria, ser expert em leitura de partitura, conhecendo o nome de todos os símbolos musicais e para que servem, este é o clássico da Teoria da Música, escrito pelo tcheco Bohumil Med – o mais completo compêndio escrito em português. Por isto é o IDEAL PARA VESTIBULANDOS do curso de Música.

Li por inteiro pela primeira vez quando era ainda adolescente (enchi o meu de marcações e grifos) e é o livro-base que utilizo para lecionar leitura musical. É muito detalhado e didático. Excelente para iniciantes que querem começar na música com o pé direito e também para músicos profissionais e professores que querem se aperfeiçoar, compreendendo as particularidades da mais bela de todas as artes: a Música!

Resumindo:
É o livro NÚMERO 1 DA TEORIA DA MÚSICA.
Se você pode comprar apenas um livro de teoria, deve ser este.
Conteúdo: Tudo sobre teoria da música, em detalhes, de forma muito didática e com exercícios simples para fixar o assunto.
Para quem é: iniciantes na Música, músicos profissionais, professores e VESTIBULANDOS!
Detalhes sobre o livro: a 5a edição é de 2017, tem 621g e “apenas” 399 páginas de pura magia musical.
Recomendações: Ler com muita atenção, ao som de boa música (recomendo jazz ou erudito) e tomando sua bebidinha favorita.
Exercícios: Para acompanhar o livro de teoria, você pode adquirir o volume que vem cheinho de exercícios COM GABARITO para você fixar o conteúdo que estudou ou para usar como atividades para seus alunos de música.

 

Teoria da Música. Vademecum da Teoria Musical

Teoria da Música. Livro de Exercícios

*Se você comprar pelo meu link, o preço será exatamente o mesmo e eu ganho uma comissãozinha. Ebaaa!

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Atividades para Aula de Música Online https://paulamusique.com/atividades-para-aula-de-musica-online/ https://paulamusique.com/atividades-para-aula-de-musica-online/#comments Tue, 21 Apr 2020 20:23:12 +0000 https://paulamusique.com/?p=8422 Aula de música online é uma tendência já presente no Brasil. Pense comigo: dez anos atrás isto era considerado inconcebível pela maioria dos professores de música: “como assim ensinar música à distância sem poder tocar nas mãos do aluno ou nas costas para corrigir a postura?”. Well, here we are. Talvez você mesmo tinha este pensamento e agora se rendeu às aulas online. – por Paula Musique – Atividades para Aula de Música Online...

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Aula de música online é uma tendência já presente no Brasil. Pense comigo: dez anos atrás isto era considerado inconcebível pela maioria dos professores de música: “como assim ensinar música à distância sem poder tocar nas mãos do aluno ou nas costas para corrigir a postura?”. Well, here we are. Talvez você mesmo tinha este pensamento e agora se rendeu às aulas online.

aula de música online

Foto: Pexels

– por Paula Musique –

Atividades para Aula de Música Online

Para mim, aulas de música à distância não substituem as aulas presenciais. Como músicos, sabemos que perde-se muito na qualidade do áudio em aulas online. Como podemos perceber a sonoridade do piano, violino, flauta, guitarra e etc sem estarmos ali ao lado para dar nossas recomendações e para o aluno nos escutar tocando e entender qual é a sonoridade que pedimos? Como tocar junto com o aluno sem delay algum?

Bom, independente disto e de outros fatores, não podemos negar que aulas de música online vieram para ficar – mesmo que alternadas com as presenciais -, e podemos, sim, ministrar aulas excelentes mesmo que o aluno esteja a milhares de quilômetros de distância.

Para isto, listei aqui para você uma série de sugestões que você pode utilizar durante a aula ou então como tarefa para que o aluno pratique ou leia sozinho durante a semana.

Fizemos uma publicação sobre ideias para músicos em tempos de crise, onde você encontra uma lista de ferramentas para ensino online no item 4. Vale a consulta!

Como professor, você saberá avaliar para quais alunos cada atividade é mais adequada. Lembre-se que há muitos adultos que se divertem e aprendem muito mesmo com atividades que foram desenvolvidas inicialmente para crianças. E também que há crianças tão espertas e curiosas que podem se beneficiar muito de atividades mais voltadas para adolescentes.

É nossa responsabilidade apresentar o Mundo da Música a nossos alunos. Suas aulas online não podem ser somente sobre o instrumento que você ensina ou sobre o gênero musical favorito de seu aluno. Ministrar aulas de música online é mais desafiador e você precisará de assuntos diversos para manter seu aluno engajado. É professor de piano? Envie links de sonatas para piano e flauta, piano e cello, violão e violino. Não queremos educar músicos que vivam dentro da “bolha de seu instrumento”.

E se você é professor de guitarra e seu aluno quer tocar apenas rock, apresente a ele Schoenberg ou Stockhausen, por exemplo. É professora de ukulele e sua aluna quer apenas tocar música pop? Mostre a ela Nina Simone e Louis Armstrong. Entendeu? ;)

IMPORTANTE: uma tendência muito forte no Brasil é o homeschool, então se você é pai ou mãe de homeschoolers, você pode aplicar algumas destas atividades com seus filhos.

Espero que estas dicas ajudem e sirvam de inspiração. Assim que tivermos um número considerável de likes como sinal que nossos leitores se interessam por este tipo de texto, publicaremos a parte 2 com mais atividades.

Para acessar as atividades, jogos e testes, clique no link que aparece no texto explicativo de cada atividade.

Vamos lá!

Atividades para Aula de Música Online
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1. A importância da leitura da partitura

Peça que seu aluno leia o texto do link e converse com ele sobre isto.

2. Exercícios automatizados para ler clave de sol, clave de fá e clave de dó

Seu aluno é independente, pois ele faz aulas de música online, então precisa praticar sozinho e ser corrigido automaticamente para estudar certo. A lista de exercícios deste link será uma grande amiga dele.

Mais ideias de atividade para aula de Música online

3. Exercícios automatizados para ler clave de sol e clave de fá para alunos de piano (teclado, órgão e cravo)

Ao fim do texto do link você tem a lista de exercícios que aumentam de nível de dificuldade progressivamente para que seus alunos de piano possam praticar leitura nas claves, enquanto “tocam” as notas no piano.

Os exercícios também podem ser utilizados para alunos de órgão, cravo e teclado.

Livros sobre Música Clássica – para comprar
Canções de Ninar e Partituras para Crianças – para comprar
Livros de Instrução e Estudo Musical – para comprar

4. Joguinho Orchestra Game para identificar o som de alguns instrumentos da orquestra

É um joguinho bom para todos os alunos “brincarem” e pode ser utilizado em um momento da aula em que você fale sobre Apreciação Musical.

Se você está gostando deste artigo, já deixe aquele like para não esquecer, pois assim que tivermos um número considerável de likes como sinal que nossos leitores se interessam por este tipo de texto, publicaremos a parte 2 com mais atividades.

5. Jogo da Forca

Hoje em dia é muito comum escolas bilíngues, se seu aluno é de uma destas escolas, ele vai curtir brincar de forca em inglês enquanto pratica alguns conceitos do Mundo da Música.

violão

Foto: Akshar Dave

A pirâmide do aprendizado
Ideias para músicos em tempos de crise
Carta aos maestros e coralistas do Brasil
Os melhores filmes sobre música
Música, Peças e Histórias Infantis

Atividades para Aulas de Música Online
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6. Identificação dos diferentes instrumentos musicais

É importante que o aluno amplie seus conhecimentos em meio ao universo da Música – e isto inclui conhecer outros instrumentos musicais.
Há dois testes divertidos que você pode aplicar: teste UM e teste DOIS. Ambos com o mesmo nível de dificuldade para relacionar a foto do instrumento com o seu nome.

7. Aprofundando os conhecimentos sobre os instrumentos musicais

Para ministrar esta aula, você precisa ser um professor que tem conhecimentos específicos sobre outros instrumentos – geralmente, os professores que tocam em orquestra ou banda lidam com informações assim na rotina de ensaios.
Uma aula de música online assim mais específica é recomendada para alunos que compreendam conceitos mais avançados de Teoria e Harmonia, por exemplo. Após explicar alguns conceitos, você pode aplicar este teste aqui.

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Canções de Ninar e Partituras para Crianças – para comprar
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8. Pérolas dos vestibulares de Música

Se você está preparando seu aluno para o vestibular de Música, esta é uma aula importante que você pode preparar para ele, totalmente baseada no conteúdo deste texto. E se o seu aluno não é vestibulando, este conteúdo tem a mesma utilidade para os momentos em que você ensina História da Música. Este conteúdo pode ser dividido em várias aulas.

Após você ministrar os assuntos constantes na lista de pérolas, você trabalha o texto com ele. Irá render muitas risadas, pois agora ela já aprendeu o conteúdo corretamente. Como professor de música, você pode utilizar as gracinhas com uma atividade do tipo: “O que há de errado ou engraçado nestas afirmações? Por quê?”

9. Reflexões sobre leitura à primeira vista

Você precisa identificar com quais alunos faz mais sentido abordar este tema. Sugiro que seja trabalhado com alunos adolescentes, jovens e adultos. Eles podem receber como tarefa a leitura deste texto e apresentar para você na aula seguinte o que ele entendeu sobre o tema. Eu falo de leitura à primeira vista com os pequenos também, mas uso uma abordagem divertida que se encaixa com a faixa etária deles, então não faz sentido nenhum usar este texto com crianças.

Arte: French Dancers Silhouette by Wendy Paula

10. Partitura artística

Em algum momento de sua aula você pode abordar o tema criatividade. E para o aluno exercitá-la, você propõe que ele se expresse através de uma partitura artística, envie uma foto da arte que ele fez e mande para você, além de mostrar por vídeo na aula seguinte. Se o aluno gostar desta atividade (há alunos que amam!) você pode propor mais de uma vez, caso o aluno diga que tem interesse de fazer mais uma partitura artística.

Esta atividade independe de idade. Se for um aluno adulto, cabe a você perguntar se ele se interessaria por uma atividade deste estilo – muitos deles adoram fazer este exercício, mas sugiro que você pergunte antes.

Mais ideias de atividade para aula de Música online

Vamos conversar!
Você já ministrou aula de música online? Se não, você tem interesse?
Qual instrumento? Como tem sido sua experiência ensinando música à distância? Quais atividades seus alunos mais gostam de fazer?

São muitas sugestões de atividades, então pretendo dividir em mais posts. Se você está gostou deste artigo, deixe uma curtida, pois assim que tivermos um número considerável de likes como sinal que nossos leitores se interessam por este tipo de texto, publicaremos a parte 2 com mais atividades.

Compartilhe com seus amigos professores de música. Mesmo os melhores professores gostam de ideias diferentes para incluírem em seus planos de aula.

Como preparar um plano de ensino impecável
Conselhos sobre a saúde do pianista
O pianista com o maior número de Grammys
30 Perguntas Intrigantes para se Perguntar Todos os Dias
Música, Peças e Histórias Infantis

O MELHOR LIVRO DE TEORIA MUSICAL

Apresento o meu livro FAVORITO de Teoria Musical – de todos que já li (amo o tema) este é o melhor. Para quem quer entender tudo de teoria, ser expert em leitura de partitura, conhecendo o nome de todos os símbolos musicais e para que servem, este é o clássico da Teoria da Música, escrito pelo tcheco Bohumil Med – o mais completo compêndio escrito em português. Por isto é o IDEAL PARA VESTIBULANDOS do curso de Música.

Li por inteiro pela primeira vez quando era ainda adolescente (enchi o meu de marcações e grifos) e é o livro-base que utilizo para lecionar leitura musical. É muito detalhado e didático. Excelente para iniciantes que querem começar na música com o pé direito e também para músicos profissionais e professores que querem se aperfeiçoar, compreendendo as particularidades da mais bela de todas as artes: a Música!

Resumindo:
É o livro NÚMERO 1 DA TEORIA DA MÚSICA.
Se você pode comprar apenas um livro de teoria, deve ser este.
Conteúdo: Tudo sobre teoria da música, em detalhes, de forma muito didática e com exercícios simples para fixar o assunto.
Para quem é: iniciantes na Música, músicos profissionais, professores e VESTIBULANDOS!
Detalhes sobre o livro: a 5a edição é de 2017, tem 621g e “apenas” 399 páginas de pura magia musical.
Recomendações: Ler com muita atenção, ao som de boa música (recomendo jazz ou erudito) e tomando sua bebidinha favorita.
Exercícios: Para acompanhar o livro de teoria, você pode adquirir o volume que vem cheinho de exercícios COM GABARITO para você fixar o conteúdo que estudou ou para usar como atividades para seus alunos de música.

 

Teoria da Música. Vademecum da Teoria Musical

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*Se você comprar pelo meu link, o preço será exatamente o mesmo e eu ganho uma comissãozinha. Ebaaa!

Lembre-se de deixar seu like. Isto nos motiva a escrever mais.
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A Mágica da Leitura à Primeira Vista https://paulamusique.com/a-magica-da-leitura-a-primeira-vista-piano/ https://paulamusique.com/a-magica-da-leitura-a-primeira-vista-piano/#comments Fri, 17 Apr 2020 02:41:46 +0000 https://paulamusique.com/?p=8357 Existem músicos com excelente leitura à primeira vista. Mas o que de fato acontece? Existe genialidade ou divindade nesta incrível habilidade? [aperte ⌘ + ou control + para aumentar o tamanho da letra, se você estiver lendo no computador] [escrevi este artigo originalmente em inglês] – por Paula Musique – A MÁGICA DA LEITURA À PRIMEIRA VISTA ⌘ – Eu não sabia que você era um gênio! – Você já tocou esta sonata antes?...

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Existem músicos com excelente leitura à primeira vista. Mas o que de fato acontece? Existe genialidade ou divindade nesta incrível habilidade?

[aperte ⌘ + ou control + para aumentar o tamanho da letra, se você estiver lendo no computador]
[escrevi este artigo originalmente em inglês]

– por Paula Musique –

A MÁGICA DA LEITURA À PRIMEIRA VISTA

– Eu não sabia que você era um gênio!
– Você já tocou esta sonata antes?
– Você tem um talento que vem de Deus.
– Deixe-me lhe mostrar como eu leio e toco este prelúdio para você entender por que estou elogiando você.
– Agora é a sua vez para que possamos comparar.
– Por favor, você está convocada para tocar uma peça à quatro mãos comigo neste semestre.
– Como você faz isto?
– O que tem no seu cérebro?
– Você acabou de abrir a música e ‘boom’ – sua leitura à primeira vista é como mágica!
– Mágica?

Este era o tom de algumas conversas que meus colegas tinham comigo na universidade, no Departamento de Música. Em uma das primeiras, eu e alguns colegas estávamos numa grande sala com um piano em nossa primeira semana de aula na universidade. Calourinhos entre 17 e 20 anos de idade – e nós já sabendo que eu era a menina caçula da turma inteira de 40 alunos. Eu já dando aquelas olhadinhas para ver qual era o mais lindinho, o mais engraçado ou mais inteligente – você sabe como é, né? Averiguando as possibilidades para ter um possível namora musical. Okay, melhor eu voltar para o assunto do texto.

Todos nós tínhamos recém ido à biblioteca buscar coletâneas de partituras para examinar e selecionar algumas opções que poderiam fazer parte do repertório de cada um para aquele semestre na disciplina prática de Piano – éramos alunos de Licenciatura em Música e de Bacharelado em Piano.

Alguns estavam escolhendo peças que já haviam tocado antes da faculdade e outros estavam curiosos quanto a estudos, sonatas, prelúdios, fugas, danças e rapsódias querendo optar por peças que nunca tinham executado antes. Tínhamos ali obras de Chopin, Beethoven, Liszt, Mozart, Bach, Bartók e outros.

E assim que eles perceberam que eu possuía “leitura mágica à primeira vista“, eles escolheram uma série de peças para que eu tocasse enquanto eles ficavam ali – alguns sentados e outros do meu lado virando as páginas e com cara de surpresa. Entre comentários engraçados e muita risada, eu estava me sentindo analisada.

Havia um colega que achava que eu estava mentindo ao dizer que nunca tinha tocado aquelas peças das partituras que eles escolhiam.

Em meio a este “momento da análise laboratorial”, pela primeira vez em minha vida, tive alguém conversando seriamente comigo sobre leitura à primeira vista. Nem minhas professoras de piano falavam especificamente sobre este assunto. Elas diziam que eu lia muito bem e deixava as peças prontas para recital com muita brevidade; porém, não falavam sobre o tema “leitura à primeira vista”.

Naquele dia, eu estava tendo a oportunidade de assistir outras pessoas lendo à prima vista a mesma partitura que eu, bem ali em minha frente para que eu pudesse perceber os diferentes níveis de leitura musical. Eu fiquei tímida diante dos elogios dos colegas e os negava dizendo que eles provavelmente liam como eu – pensava assim pois os vi nos dias anteriores executando muito bem peças complexas ao piano. Porém, tive que aceitar a opinião deles após me mostrarem a forma como liam – uns tinham mais destreza e outros se descreviam como “catando milho“. Foi engraçado, pois era como se eles estivessem muito animados, sentindo-se como cientistas analisando uma amostra (eu) e muito empolgados por descobrirem alguém com um “talento especial”. Eles eram alunos do Bacharelado em Piano e queriam me convencer a transferir minha matrícula da Licenciatura em Música para o Bacharelado. Alguns colegas estudavam piano desde os 5 anos. Eu tinha 17 anos e tocava piano fazia 5 anos. Mágica?

Ao entrar na faculdade, eu pude ter uma visão mais panorâmica de tudo na Música. Comecei a questionar minha visão, conceitos e práticas. Apesar dos adjetivos exagerados de meus colegas no início deste texto, cheguei a entender o que eles queriam dizer. A partir daquele dia, comecei a me analisar para descobrir se minhas habilidades de leitura eram um presente de Deus, se havia alguma conexão diferente no meu cérebro ou se era outra coisa. Mágica?

Comecei a pesquisar e conversar com meus professores sobre isto. Eu comecei a analisar minhas estratégias de ensino – pois já era professora de piano -, e minhas técnicas de aprendizagem, rotina de estudos, prática de música de câmara e quais gêneros musicais faziam parte de meu repertório. Eu me avaliava me perguntando se alguns traços de personalidade também faziam parte da “leitura mágica”. Ser curiosa, detalhista, analítica, lógica e com habilidades matemáticas influenciaria em minha leitura? Além disso, entrei no mundo da pesquisa e descobri artigos científicos nos quais encontrei explicações mais sólidas sobre o assunto.

// “Ser curiosa, detalhista, analítica, lógica e com habilidades matemáticas
influenciaria em minha leitura?”

Costuma-se dizer que leitura à primeira vista é um tópico empolgante, porque entra-se no debate sobre boas práticas de estudo versus talento natural (ou mágica!). Para estudar este assunto, é necessário uma combinação de conhecimentos de diferentes áreas como Música, Pedagogia, Psicologia, Neurologia, Administração e Sociologia, por exemplo.

Quanto um professor de piano pode influenciar nas habilidades de leitura à primeira vista de seus alunos? Alguns cérebros seriam naturalmente mais analíticos e com fortes traços de concentração do que outros? Qual o impacto do planejamento e da gestão do tempo no desenvolvimento da leitura musical? Os pianistas de alguns países e culturas são mais propensos a serem habilidosos na leitura?

E se você está gostando deste artigo, compartilhe com seus colegas e deixe aquele like.
(continua abaixo)

Aprenda a ler partitura com exercícios automatizados
Jogo: você reconhece o som destes instrumentos?
Os melhores filmes sobre música

Foto: Pixabay

Curiosamente, Richards (1996) comenta que os símbolos musicais formam a fotografia da composição e ele define a leitura musical como a transformação de símbolos musicais em seus sons correspondentes. O autor explica que ler música é uma arte mental altamente complexa que envolve: ver símbolos, transmitir símbolos para centros de pensamento, enviando sinais ao corpo e emitindo um som. Ele diz que para pianistas avançados, o processo também envolve a “imaginação dos sons”, sabendo como a música deve soar antes mesmo de ser reproduzida.

McPherson (1995/6) identificou cinco habilidades distintas para tocar instrumentos: ler pela primeira vez, tocar músicas já ensaiadas, tocar de memória, tocar de ouvido e improvisar. Da mesma forma, Hallam (1998) nomeou essas habilidades como auditivas, cognitivas, técnicas, musicais, de desempenho e de aprendizado. Todas essas habilidades são necessárias para músicos, embora se reconheça que cada um tenha seu próprio conjunto de pontos fortes e pontos fracos, sendo aconselhados a potencializar os pontos fortes e encontrar maneiras de lidar ou corrigir os pontos fracos.

Geralmente, como enfatizado em algumas pesquisas, a leitura à primeira vista é uma das cinco habilidades que os pianistas de nível inicial mais têm medo. Segundo Adamyan (2018), eles descobriram que a maioria dos adultos que são iniciantes ao piano queixam-se da dificuldade de ler à primeira vista duas claves simultaneamente em uma partitura de piano e sobre a dificuldade de coordenar as duas mãos ao mesmo tempo. Também diziam que é difícil para eles perceberem o ritmo das figuras com o andamento ao ler música.

Quando a leitura musical se torna uma barreira ao prazer de aprender piano ou se torna um impedimento à preparação eficaz do repertório, é preciso pensar em estratégias para remover essas barreiras. Allen (2013) mostra em seu estudo como os alunos se sentiam intimidados ao ler música e estavam muito preocupados em tocar a nota certa. Os estudantes estavam mais interessados em improvisação livre, quando não há preocupações com o certo e o errado, resultando em níveis mais baixos de ansiedade.

Professores de piano precisam conhecer estratégias para guiar seus alunos à leitura à primeira vista livre de ansiedade. Às vezes, há um prazo para os pianistas prepararem um repertório para um concerto, concurso ou prova e estratégias inteligentes de leitura facilitam toda a prática musical, reduzindo os níveis de estresse e ansiedade causados por não saber se o repertório estará pronto dentro do prazo ou se haverá tempo disponível para se dedicar a outros aspectos importantes da performance.

É frequentemente discutido que a leitura à primeira vista pode atingir um nível de excelência através da dedicação intensa e da prática consciente. Penso que os professores de piano precisam:
a) aprender estratégias para abordar com seus alunos no desenvolvimento da leitura à primeira vista;
b) repensar sua didática quanto ao desenvolvimento da fluência na leitura musical;
c) observar como os alunos se comportam ao ler uma nova peça;
d) buscar conhecimentos específicos de outras áreas a serem aplicados em suas estratégias;
e) aplicar em suas aulas ferramentas e métodos eficazes sugeridos por acadêmicos e pesquisadores;
f) refletir sobre estudo e prática versus talento na leitura à primeira vista; e
g) discutir com estudantes se os resultados estão sendo alcançados ou não e tentar outros caminhos, quando necessário.

É genial, divino ou mágico ser um ótimo leitor à primeira vista? Os estudiosos dizem que não há “mágica” relacionada ao assunto. Pianistas precisam desenvolver estratégias de estudo para se tornarem fluentes ao ler o idioma Música – em vez de “soletrar nota por nota”, deve-se “ler as frases musicais”. A música é uma linguagem universal que requer leitores fluentes.

Na minha opinião, a música é um idioma, mas com certas diferenças. Alguns dizem que ler música é como ler qualquer idioma. É isto mesmo? Quando você lê português, inglês ou francês, existe alguma indicação geral no início do texto dizendo quão rápido alguém deve ler? Existe algum sinal sobre cada sílaba dizendo exatamente por quanto tempo esta deve soar? É possível dizer mais de uma sílaba ao mesmo tempo? Não é. Ou seja, a leitura musical é mais complexa que a leitura de palavras.

Ao revisar a bibliografia, pode-se dizer que os estudos de leitura à primeira vista foram inicialmente desenvolvidos como parte do estudo sobre o processo de aprendizado de piano, sem mais especificações e a estruturação de estratégias específicas – por exemplo, como desenvolver esta habilidade separadamente. Esse tema foi e ainda é, quase sempre, apresentado apenas como um dos capítulos de livros sobre a arte de ensinar piano ou a arte de tocar piano. No entanto, nas últimas décadas, vários estudiosos têm pesquisado sobre a leitura à primeira vista, tentando negar ou comprovar o que foi dito sobre isso em estudos anteriores.

// “A música é uma linguagem universal que requer leitores fluentes
– em vez de ‘soletrar nota por nota’, deve-se ‘ler as frases musicais'”

Pierrot Lunaire: O passarinho maluco de Schoenberg
Teste: você reconhece estes compositores pelo retrato?
Carta aos maestros e coralistas do Brasil

Zorzal (2012) investigou como a literatura especializada abordou a questão do talento musical, delineou uma breve visão histórica das propostas de detecção de talento e estudou prodígios no campo da música. Há pesquisas que levantam prós e contras sobre a existência de habilidade musical em sua forma inata. Esta discussão mostra que ainda não há consenso nem garantias sólidas para permitir que um professor de música considere um aluno mais talentoso do que outro, especialmente durante os estágios iniciais do desenvolvimento da música. Assim, é mais sensato que os educadores de música defendam a ideia de que a inteligência musical está presente em todos.

Mills e Smith (2003) perguntaram a 134 professores de instrumentos musicais o que eles pensavam tornar eficaz o ensino de instrumentos em escolas, universidades e conservatórios, e perguntaram os pontos fortes e fracos da educação musical que eles perceberam quando ainda eram estudantes. A maioria dos professores respondeu que a maneira como ensinavam era influenciada pela maneira como eles foram ensinados. Segundo a pesquisa, os fatores que tornam o ensino de um instrumento musical eficaz são (em ordem de importância):
a) como os professores motivam seus alunos;
b) o conhecimento dos professores; e
c) como os professores se comunicam com os alunos.

O professor de Pedagogia do Piano, Wristen (2005), revisa a literatura sobre cognição e desempenho motor na leitura para piano, abordando questões como movimento dos olhos, percepção de múltiplos elementos, aspectos visuais e auditivos durante a leitura e diferença na competência de leitura musical de pianistas que se concentram apenas no repertório solo e pianistas correpetidores. O autor concluiu que os estudos sobre leitura à prima vista ainda não estão de comum acordo quanto às estratégias pedagógicas específicas para o desenvolvimento desta habilidade e enfatizou a falta de métodos eficazes que possam auxiliar no desenvolvimento da leitura à primeira vista.

Uma pesquisa de Meinz e Hambrick (2010) abordou a relação entre pianistas que são bons leitores e a capacidade de memória de trabalho (WMC). Os autores concluíram que a prática deliberada é necessária, mas não suficiente, para explicar as diferenças entre pianistas quanto à capacidade de ler à primeira vista e que a WMC desempenha um papel importante nesta questão. A prática deliberada envolve atividades específicas para melhorar o desempenho em algumas áreas. Esta prática foi considerada suficiente para alcançar uma performance impecável ao piano. Mas ao avaliar 57 pianistas, verificou-se que a prática deliberada contribuiu para apenas metade dos participantes na maneira como eles leem e que a WMC foi o que mais interferiu na leitura à primeira vista. Esse tipo de memória, WMC, é o que torna o pianista capaz de ler compassos à frente enquanto toca.

Unglab (2006) investigou a questão da leitura à primeira vista em pianistas com o objetivo de entender como alunos de piano usam a leitura à prima vista em suas atividades musicais e para verificar na bibliografia específica o que os teóricos dizem sobre o assunto. Observou-se então que, ao olhar a partitura, o pianista deve ser capaz de capturar o máximo de informação possível, transformar essas informações em ações instrumentais e usar a audição como um auxílio para saber se o que está sendo tocado corresponde ao que está escrito. A partir disso, concluiu-se que quando o pianista faz uma análise prévia da partitura que ele tocará, obtém-se uma interpretação mais satisfatória.

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(continua abaixo)

Conselhos sobre a saúde do pianista
O pianista com o maior número de Grammys
30 Perguntas Intrigantes para se Perguntar Todos os Dias

Foto: Pixabay

Levando tudo em consideração, depois de todas estas leituras e autoanálises, eu concluo que não há mágica na minha leitura à primeira vista; no entanto, é uma combinação de habilidades desenvolvidas com o tempo e relacionadas à:
a) minha memória;
b) habilidades matemáticas;
c) processo cognitivo;
d) coordenação motora;
e) independência mãos-olhos;
f) foco em detalhes;

g) pensamento analítico; e
h) curiosidade que me leva a sempre tocar peças novas.

Além disto, foi muito significativa a minha experiência e história de vida tocando piano na igreja desde os 12 anos, tendo pressão para tocar peças para acompanhar coral ou orquestra após receber a música no dia anterior ou minutos antes da performance. Também nos ensaios de grupos vocais em que eu era a pianista desde tão nova, assim que eu chegava, os maestros me davam as partituras que eu nunca tinha tocado nem escutado na vida e diziam: “okay, pode começar a passar os sopranos”. E assim que terminássemos de ensinar as vozes, fazíamos o tutti e eu tocava o arranjo escrito para piano. E eu gostava desta dinâmica. Meus maestros dos dias de hoje permanecem fazendo isto e eu continuo gostando.

Ademais, porque meus pais sempre me apoiavam, eles constantemente me presenteavam com coletâneas de música e partituras. Minha mente curiosa, querendo saber como cada nova partitura soava, somada a minha paixão pelo piano, fazia com que eu lesse músicas uma após a outra sempre me desafiando a tocar da forma mais precisa possível desde a primeira leitura. Também havia outras influências sociais – eu recebia muitos amigos em casa e eles traziam novas músicas para eles cantarem enquanto eu tocava. Ou seja, é um conjunto de habilidades musicais e traços pessoais que podem ser desenvolvidos.

No passado, minha condição despertou curiosidade em alguns colegas e professores na faculdade, pois eu havia iniciado meus estudos musicais apenas alguns anos antes e minha leitura à primeira vista de obras para piano em nível universitário era muito fluente. No entanto, atualmente, na minha idade, uma excelente leitura à primeira vista já não parece mais ser algo genial ou divino; mas sim, apenas normal – é o resultado de muitos anos de estudo; não é mágico, parece ser minha “obrigação” ler muito bem. Ou não é?

PS. O relato pessoal pode ser uma história real; ou não. 

Enriqueça o assunto deixando seu comentário a seguir.
Você pode usar este artigo como base para debate com seus colegas músicos ou alunos.

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REFERÊNCIAS
Allen, R. (2013). Free improvisation and performance anxiety among piano students. Psychology of Music, 41(1), 75–88.
Hallam, S. (1998). Instrumental teaching: A practical guide to better teaching and learning. Oxford: Heinemann.
McPherson, G.E. (1995/6). Five aspects of musical performance and their correlates. Bulletin of the Council for Research in Music Education, Special Issue, the 15th International Society for Music Education. University of Miami, Florida, 9–15 July, 1994.
Meinz, Elizabeth; Hambrick, David. (2010) Deliberate Practice Is Necessary but Not Sufficient to Explain Individual Differences in Piano Sight-Reading Skill: The Role of Working Memory Capacity. Psychological Science, p. 914-919.
Mills, Janet; Smith, Jam. (2013). Teachers’ Beliefs about Effective Instrumental Teaching in Schools and Higher Education. B. J. Music Ed. Cambridge University Press, 2013, p.5-27.
Unglab, Aillyn. (2006). Um Olhar Reflexivo sobre a Leitura Musical à Primeira Vista realizada por Pianistas. Monografia. Universidade do Estado de Santa Catarina. Florianópolis.
Wristen, Branda. (2005). Cognition and Motor Execution in Piano Sight-Reading: A Review of Literature. Applications of Reasearch in Music Education. Sage, p.44-56.
Zorzal, R. C. (2012). Uma Breve Discussão sobre Talento Musical. Revista Música Hodie, Goiânia, V.12 – n.2, p. 201-209.

O MELHOR LIVRO DE TEORIA MUSICAL

Apresento o meu livro FAVORITO de Teoria Musical – de todos que já li (amo o tema) este é o melhor. Para quem quer entender tudo de teoria, ser expert em leitura de partitura, conhecendo o nome de todos os símbolos musicais e para que servem, este é o clássico da Teoria da Música, escrito pelo tcheco Bohumil Med – o mais completo compêndio escrito em português. Por isto é o IDEAL PARA VESTIBULANDOS do curso de Música.

Li por inteiro pela primeira vez quando era ainda adolescente (enchi o meu de marcações e grifos) e é o livro-base que utilizo para lecionar leitura musical. É muito detalhado e didático. Excelente para iniciantes que querem começar na música com o pé direito e também para músicos profissionais e professores que querem se aperfeiçoar, compreendendo as particularidades da mais bela de todas as artes: a Música!

Resumindo:
É o livro NÚMERO 1 DA TEORIA DA MÚSICA.
Se você pode comprar apenas um livro de teoria, deve ser este.
Conteúdo: Tudo sobre teoria da música, em detalhes, de forma muito didática e com exercícios simples para fixar o assunto.
Para quem é: iniciantes na Música, músicos profissionais, professores e VESTIBULANDOS!
Detalhes sobre o livro: a 5a edição é de 2017, tem 621g e “apenas” 399 páginas de pura magia musical.
Recomendações: Ler com muita atenção, ao som de boa música (recomendo jazz ou erudito) e tomando sua bebidinha favorita.
Exercícios: Para acompanhar o livro de teoria, você pode adquirir o volume que vem cheinho de exercícios COM GABARITO para você fixar o conteúdo que estudou ou para usar como atividades para seus alunos de música.

 

Teoria da Música. Vademecum da Teoria Musical

Teoria da Música. Livro de Exercícios

*Se você comprar pelo meu link, o preço será exatamente o mesmo e eu ganho uma comissãozinha. Ebaaa!

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Atividades Divertidas de Ensino-Aprendizagem com Foco no ‘Ensinar é Aprender’ https://paulamusique.com/atividades-de-ensino-aprendizagem/ https://paulamusique.com/atividades-de-ensino-aprendizagem/#comments Wed, 27 Dec 2017 13:00:19 +0000 http://paulamusique.com/?p=5003 – por Paula Musique – Já publicamos aqui no blogue um texto sobre A Pirâmide do Aprendizado, mostrando que ENSINAR É APRENDER e que os métodos para melhor retenção de conhecimento, para a maioria das pessoas, são os métodos participativos, ou seja, aqueles em que: -você ensina o conteúdo que deseja absorver; -você põe em prática o que aprendeu; ou -você discute com outros o tema em estudo. Neste post sugerimos algumas atividades para...

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– por Paula Musique –

Já publicamos aqui no blogue um texto sobre A Pirâmide do Aprendizado, mostrando que ENSINAR É APRENDER e que os métodos para melhor retenção de conhecimento, para a maioria das pessoas, são os métodos participativos, ou seja, aqueles em que:

-você ensina o conteúdo que deseja absorver;
-você põe em prática o que aprendeu; ou
-você discute com outros o tema em estudo.

Neste post sugerimos algumas atividades para você realizar, objetivando aumentar seu nível de retenção do conteúdo que você quer aprender. Confira, a seguir.

— SE VOCÊ É ESTUDANTE (INCLUINDO OS VESTIBULANDOS E CONCURSEIROS)

1. Desenvolva um GRUPO DE REFORÇO
Se você está no colégio, universidade ou num cursinho específico – seja um pré-vestibular, um preparatório para concurso público ou escola de idiomas-, tome a iniciativa de criar um grupo de reforço, onde você irá ensinar seus colegas e seus colegas ensinarão você e os demais.

Qual é o conteúdo que você domina? Marque encontros periódicos, presenciais ou não com o grupo e coloque a mão na massa. Redija resumos para distribuir pros colegas, prepare apresentações com slides, crie macetes e desenhe, se necessário. Não seja o professor que você gostaria de ser, seja o professor que você gostaria de ter.

Quando você já sabe bastante sobre um tema, o fato de ter de explicar para outros e responder às perguntas deles faz com que você consolide seus conhecimentos, fazendo com que a ‘decoreba’ dê lugar ao verdadeiro aprendizado, ou seja, você não memorizou definições, você realmente entendeu.

“A decoreba é como a paixão, ela passa e você esquece; o verdadeiro aprendizado é como o amor, ele fica para sempre” – Paula Musique

Historinha: Quando eu estava no ensino médio, minha “panelinha” era formada por CDFs da turma, então, no terceirão decidimos criar um grupo de reforço para estudarmos com nossos amigos, no semestre que antecedia o tão esperado vestibular. Conversamos com o diretor e o projeto foi aprovado. Ele inclusive cedeu uma sala especial para nosso grupo e sugeriu que incluíssemos nas aulas não somente nossa turma, mas também a outra turma do terceirão. Nossas aulas normais eram pela manhã, e durante à tarde, tínhamos o grupo de reforço na sala especial. Cada um de nós da “panelinha” – não sei qual o termo usado pela nova geração. Ainda usam panelinha, patotinha? Ou é gangue e coisas do gênero? Tô por fora. Haha. Voltemos. Cada um de nós da “panelinha” ensinava as matérias na qual nos destacávamos. Era muito divertido. Tenho boas lembranças daquela época, e até guardo um cartão de agradecimentos que nossos colegas escreveram para mim. Penso que podemos compartilhar o que temos de bom com os outros – faz bem para eles e para nós mesmos.

2. Marque encontros para o DEBATE POLÊMICO
Esta atividade é imprescindível para você desenvolver técnicas de persuasão e ampliar sua lista de argumentos quanto a diversos temas. É uma ferramenta excelente para preparar você para provas de redação, mas exige planejamento. Quando você organizar os encontros com seus colegas, você pode anunciar antecipadamente quais serão os temas polêmicos a serem debatidos ou pode avisar que os temas serão divulgados no encontro. No dia do encontro você sorteia quem será contra ou a favor do tema em questão, por exemplo: maioridade penal, ideologia de gênero ensinada para crianças, pena de morte, prisão perpétua para políticos corruptos, aborto, descriminalização do uso da maconha, vida inteligente fora da Terra, cotas raciais, etc.

3. Tenha seu DIA DE HOLLYWOOD
Esta atividade é muito divertida para trabalhar a dois ou com mais pessoas.

– o aluno vira professor
O aluno atua como professor se apresentando diante da turma (que pode ser o grupo de reforço com seus colegas) e ensina um tema que pode ser sorteado na hora ou que pode ser avisado com antecedência e os colegas na plateia fazem perguntas durante ou após a explicação.

Historinha A: No Curso de Piano que leciono, faço esta atividade da seguinte maneira: sento ao piano e meu aluno senta na cadeira do professor. Ele vai me dizer tudo o que tenho que tocar durante a aula e eu, intencionalmente, erro ou acerto e ele tem que me corrigir e mostrar como devo fazer. Ele também me faz perguntas sobre Teoria ou História da Música e eu dou respostas certas ou bizarras para rirmos e fixarmos conteúdo.

Historinha B: No Curso de Leitura Musical que leciono para jovens e adultos, faço esta atividade da seguinte maneira: aviso com antecedência quais os elementos musicais que precisam ser revisados e no dia da aula no momento da atividade, preparo papéis com o nome de todos os alunos, anuncio o elemento musical que será ensinado e tiro de uma caixa de sorteio o nome de um aluno que irá ao quadro desenhar e explicar a função daquele elemento ou assunto que pode ser: clave de fá, staccato, suspensão, ritornello, a colcheia e suas partes, escala melódica de lá menor, cadência plagal, dentre outros.

4. Seja um COMPOSITOR
Escreva paródias, ou seja, escolha músicas famosas e troque a letra original por uma letra criada por você e que seja sobre o conteúdo que você esteja estudando. Você pode usar nosso BANCO DE RIMAS, no www.bancoderimas.com, para auxiliá-lo em suas criações.

Historinha C: Como já contei no post sobre a Pirâmide do Aprendizado, já cantei sobre lisossomos e mitocôndrias, sobre a Revolução Industrial e doação sanguínea. Até a Macabéa (pobrezinha!) d’A Hora da Estrela de Clarice Lispector foi musicada – tudo no ensino médio. Já na universidade, coloquei meus amigos a cantar e dançar comigo na apresentação de seminários sobre inovação, empreendedorismo, motivação, dentre outros.
Época divertida! Dizem que quando o aprendizado está vinculado à diversão, a retenção é muito maior.

“Não seja o professor que você gostaria de ser, seja o professor que você gostaria de ter” – Paula Musique

— SE VOCÊ É PROFESSOR
Você pode organizar todas estas atividades mencionadas anteriormente com seus alunos e pode adicionar estas duas no tópico “Tenha seu DIA DE HOLLYWOOD”:

Foto: Reprodução

– esquete verdadeiro ou falso
Um grupo de alunos prepara cenas curtas referentes a um assunto que está sendo estudado e após a representação, a plateia diz se o fato encenado é falso ou verdadeiro. Se for falso, tem que dizer o porquê. Exemplo: uma cena em que Tiradentes se apresenta, mas fala frases da Princesa Isabel; ou uma cena em que os Ribossomos se apresentam, mas dizem sua função incorretamente, trocando com a de outra organela citoplasmática. As possibilidades são infinitas e aqui vale muito a criatividade que fará com que os alunos fixem o conteúdo mostrado deste modo inventivo.

Foto: Reprodução

– esquete verdade ou consequência
É uma variação da opção acima. Alguns alunos atuam e escolhem um aluno da plateia para dizer se o fato é verdadeiro ou não e se o aluno errar, a sala inteira paga uma consequência.

– – –
Perceba que em todas as ideias abordadas você está ensinando, direta ou indiretamente. Lembre-se que métodos participativos são os mais marcantes na vida do estudante e mais eficientes no processo de ensino-aprendizagem. Que as historinhas inspirem você.

Se você ainda não leu sobre a Pirâmide do Aprendizado, a hora é agora. Clique aqui.

– – –
Vamos conversar.
Se você realizar alguma destas atividades, por favor, não deixe de me contar como foi. Qual é a atividade participativa que você mais gosta?
Você tem alguma sugestão de atividade para compartilhar conosco?

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A Pirâmide do Aprendizado: como estudar melhor? (para vestibulandos, concurseiros e professores) https://paulamusique.com/a-piramide-do-aprendizado/ https://paulamusique.com/a-piramide-do-aprendizado/#comments Tue, 26 Dec 2017 04:00:13 +0000 http://paulamusique.com/?p=4727 – por Paula Musique – Este post é dedicado a professores e aprendizes, ou seja, a todos nós, pois sempre temos algo a ensinar e estamos sempre aprendendo algo novo. Se você está atuando como professor, leia este post considerando de que forma você pode adequar sua didática para que seus alunos possam reter o máximo de informações; e se você é estudante, pense nas melhores estratégias para você aumentar sua taxa de retenção...

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– por Paula Musique –

Este post é dedicado a professores e aprendizes, ou seja, a todos nós, pois sempre temos algo a ensinar e estamos sempre aprendendo algo novo. Se você está atuando como professor, leia este post considerando de que forma você pode adequar sua didática para que seus alunos possam reter o máximo de informações; e se você é estudante, pense nas melhores estratégias para você aumentar sua taxa de retenção durante os estudos, principalmente se você é concurseiro ou vestibulando.

A PIRÂMIDE DO APRENDIZADO
Quer saber o segredo das pessoas que se dão muito bem em provas sem estudar 24h por dia? A segredo do sucesso não está no quanto você estuda, mas em como você estuda. Há muito debate quanto a este estudo. Algumas porcentagens da pirâmide mudam um pouco e até a ordem dos itens, dependendo da fonte pesquisada. Edgar Dale, um perito em educação por métodos audiovisuais, criou um modelo em 1946 e explanou em seu livro sobre métodos audiovisuais no ensino; entretanto, estudiosos dizem que com o passar do tempo o estudo dele foi alterado e adaptado para a pirâmide que temos hoje. Atribui-se a pirâmide atual ao NTL Institute, em Bethel, no Maine (EUA). Muitos acadêmicos propagam a teoria da Pirâmide do Aprendizado, enquanto outros questionam a veracidade dela. Vale dizer que esta teoria se refere ao aprendizado de jovens e adultos (andragogia).

Divirta-se respondendo esta quiz sobre Música Brasileira
E se quiser mais uma quiz, tem esta aqui sobre Instrumentos Musicais
Para fazer exercícios automatizados para leitura de notas musicais para PIANO, pratique aqui


A pirâmide mostra que ENSINAR É APRENDER! Ela propõe que métodos participativos são mais efetivos em comparação aos métodos passivos e ordena métodos de acordo com a taxa de retenção do conhecimento ensinado, afirmando o quanto aprendemos, assim:

5% quando assistimos palestras/aulas;
10% quando lemos;
20% quando ouvimos e vemos (exceto palestras/aulas);
30% quando observamos uma demonstração;
50% quando discutimos com outros;
75% quando fazemos;
90% quando ensinamos aos outros.

“O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu faço, eu entendo” – Confúcio

Os métodos e ferramentas/recursos de ensino-aprendizagem são inúmeros e cabe ao professor conhecer o perfil de sua turma e qual a maneira mais eficiente de transmitir conhecimentos e de como ser um facilitador para que o aluno se desenvolva sem depender totalmente do professor. Eu sugiro mesclar métodos e recursos beneficiando, assim, todas as pessoas, visto que cada uma é única e tem sua melhor forma de aprender. A Pirâmide sugere métodos participativos como sendo os mais eficientes e numa próxima publicação vamos exemplificar atividades que podem ser aplicadas em sala de aula.

Já no caso de você ser um vestibulando ou concurseiro, é necessário fazer uma autoanálise para conhecer de que forma você melhor retém conhecimento e investir mais tempo estudando daquela maneira.

via GIPHY

Conforme mencionei, cada pessoa é singular e existem exceções, então, talvez, para você o melhor método de estudo para retenção de informações seja através da leitura ou de vídeo-aulas; mas pesquisas são importantes para entendermos a nós mesmos e como a maioria se comporta, até mesmo quando a pesquisa aponta para uma direção contrária ao que é verdadeiro para nós.

Para ler sobre atividades para você realizar,
objetivando aumentar seu nível de retenção do conteúdo, clique aqui.
“A decoreba é como a PAIXÃO, ela passa e você esquece;
o verdadeiro aprendizado é como o AMOR, ele fica para sempre”

AUTOANÁLISE: O MEU JEITO DE APRENDER

1. Ensinando outros
Quando li sobre a Pirâmide do Aprendizado, eu gostei muito, pois se aplica bem a minha forma de aprender. Realmente, eu retenho melhor as informações que ensino a outros. Como professora de música, apesar de ter estudado sobre a vida de todos os principais compositores da História da Música, se eu tiver que falar para você, neste momento, fatos sobre a vida e aspectos de composição de famosos compositores, eu poderei falar com fluência apenas daqueles que eu comumente ensino para meus alunos. Apesar de ter estudado Prokofiev, Bizet e Rossini na universidade, por eu não falar deles aos meus alunos, o máximo que lembro deles é o país de origem e algumas obras de destaque. Entretanto, posso falar muito de Bach, Mozart, Beethoven, Chopin e Liszt, por exemplo, visto que são alguns dos compositores que mais falo em aula.

“Ensinar é aprender duas vezes” – Joseph Joubert

2. Praticando/Fazendo
Se estou participando de um Curso de Harmonia e o professor fica falando e escrevendo no quadro ou até mesmo fazendo demonstrações ao piano e eu fico ali, somente assistindo, é bem provável que quando eu chegar em casa não lembre muita coisa daquela aula para eu tocar ao piano. Se eu tiver feito muitas anotações, aí eu posso executar muito mais ao piano; porém, se durante a aula o professor explica e eu executo ali na hora, aí sim, minha taxa de retenção vai lá pro topo, pois minha memória está sendo estimulada por vários sentidos: tátil, auditivo e visual. Se duvidar, estou até sentido o cheirinho das notas musicais tocadas. #quemmedera

“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer” – Aristóteles

3. Discutindo
Nossa! Discutir é muito importante pra mim no processo de aprendizado. Perguntar o quê, por quê e como e, também, poder concordar, discordar e debater sobre o assunto ajuda muito em meu processo de aprendizado, bem como de memorização de dados. Lembro-me das aulas de Religião no colégio em que o professor dividia a turma em dois grupos e os ‘debatedores oficiais’ tinham que argumentar muito bem para defender sua posição.

4. Demonstrando
Aprendo bem quando demonstram para mim, mas aprendo melhor se eu fizer também (item 2). Um professor me marcou bastante, ele era meu profe de Ciências, num colégio no Rio de Janeiro. Para nos explicar sobre o Reino Animal, ele levava a turma para o pequeno laboratório e mostrava vários bichinhos em potes de vidro (meio bizarro se repensar agora), mas eu aprendi bastante a parte dos animais quando o professor os abria e mostrava por dentro. :S

5. “Audiovisualizando”
Eu gosto de aprender assistindo vídeos instrucionais no YouTube ou brincando com aplicativos educativos no celular, mas para me ajudar a memorizar e/ou aprender, eu tenho que ao menos escrever.

6. Lendo
Gente, eu amo ler. Mas se estou lendo um livro técnico, além de colori-lo todo nas partes que acho importante, eu também tenho de fazer anotações nas laterais, pois preciso escrever. Somente ler não funciona muito pra mim. Em época de provas, eu chamava minha mãe pra ser minha aluna e ensinava o que estava estudando para reter melhor as informações lidas.

7. Assistindo aulas ou palestras
Haha. Se eu apenas ouvir, a chance de eu esquecer tudo no dia seguinte é de 99%. Se o professor ou palestrante for daqueles no estilo cursinho pré-vestibular, que contam piada, cantam, dançam e dão piruetas na sala de aula, aí a chance de eu esquecer reduz para 90%. ;) Eu tenho de escrever, eu tenho de falar em voz alta.

Aprenda como escrever um PLANO DE ENSINO impecável baixando o roteiro aqui

Pérolas dos Vestibulares de Música

Quais  são as vantagens de quem lê partitura?

Leia mais sobre o que este blogue oferece

Foto da classe da Srta. Bowls numa escola para meninas no ano de 1905 (não muito diferente do que temos em 2017) :S

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Sempre fui ótima aluna nos colégios e nas universidades, mas eu não conseguiria tirar 10 na prova de Física sobre Eletromagnetismo só de ouvir as aulas, muito menos tiraria nota 10 na prova de Matemática sobre Trigonometria se não praticasse fazendo vários exercícios. Tanto no ensino médio quanto na universidade, sempre gostei de compor paródias para tocar, cantar e até apresentar para os colegas. Já cantei sobre lisossomos e mitocôndrias, sobre a Revolução Industrial e doação sanguínea. Até a Macabéa (pobrezinha!) d’A Hora da Estrela de Clarice Lispector foi musicada. Época divertida! Dizem que quando o aprendizado está vinculado à diversão, a retenção é muito maior.

– – –
Penso que esta pesquisa quanto à Pirâmide é complexa, pois não é fácil descobrir e afirmar com certeza de que forma a maioria dos cérebros aprende e depois colocar isto em estatísticas. Mas reconheço que estas pesquisas são válidas, pois nos trazem à reflexão e levantam um debate necessário na área da Educação.

– – –
Vamos conversar.
A Pirâmide do Aprendizado se encaixa com sua realidade também ou não? Como você aprende?
De que forma você percebe que sua turma retém mais informações?

Você ensina outros como estratégia para seu próprio aprendizado? Você estimula seus alunos a ensinarem outros para que eles absorvam melhor o conhecimento?

[Para ler sobre o post onde sugerimos algumas atividades para você realizar,
objetivando aumentar seu nível de retenção do conteúdo, clique aqui.
“A decoreba é como a PAIXÃO, ela passa e você esquece;
o verdadeiro aprendizado é como o AMOR, ele fica para sempre”]

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